Estivemos à conversa com José Jacob um ano depois de ter fundado a Academia José Jacob e quisemos saber um pouco do projecto iniciado, e qual a sua visão do atletismo portalegrense.
Como surgiu o projeto Academia José Jacob?
Esta ideia já germinava à muito na minha cabeça, depois de à 4 anos ter iniciado e ser responsável pelo Atletismo da Escola Básica José Régio, e em 2017 ter iniciado e sido responsável, pelo Atletismo na Casa do Benfica em Portalegre, sempre senti muitas limitações de vária ordem, que me impediam de dar o passo sem frente, e projetar o Atletismo, a outro nível, outra dimensão num projeto com dimensão nacional, algo que para mim faz sentido, tendo em conta os meus objetivos, e o que procuro para os meus atletas. Apesar dos resultados desportivos serem excelentes, nesses 5 anos, senti que fazia falta muita coisa, uma estrutura de apoio e acompanhamento, uma estrutura dedicada ao Atletismo, com pessoas que tivessem uma visão próxima da minha, que trabalhassem para a modalidade, sem entraves ou bloqueios, e assim conseguir disponibilizar aos atletas as condições que considerava ideais para uma correta formação, e aprendizagem, bem como um desenvolvimento geral da modalidade em Portalegre, algo que não existia. Não conseguindo ter essas condições anteriormente, fazia sentido para mim a criação de um clube, de uma Academia de Atletismo, para a prática do atletismo. E finalizada a época 2017/2018, encetei desde logo todos os procedimentos necessários para a criação da Academia José Jacob, que aconteceu no dia 26 de Julho de 2018, em Lisboa com a participação do amigo Francisco Raimundo também ele um apaixonado pelo atletismo, e com vontade de fazer parte de um projeto especial e de futuro.
A aposta no Atletismo porquê?
O atletismo, nomeadamente o Atletismo de pista foi sempre uma paixão que já vem dos tempos em que era praticante, e que por vários condicionantes da vida, nunca tinha podido concretizar como desejava. Por outro lado contribuir para algo de verdadeiramente importante, o Atletismo que no nossos distrito é praticamente apenas conhecido pelas suas inúmeras provas de corta-mato e estrada, e que apesar de ter bons atletas, sempre teve, apenas se dedicavam a este tipo de provas. Assim era urgente corrigir a lacuna existente e dar expressão à pista, às provas técnicas que são aquelas que sempre me apaixonaram, dar importância ao verdadeiro atletismo, aquele que se pratica na pista embora não descurando as provas fora da pista.
O projeto da Academia José Jacob passa apenas pela formação de jovens atletas, ou também prevê outros objetivos mais ambiciosos?
Numa fase inicial o nosso foco é realmente a formação de jovens, criar uma estrutura de verdadeira formação, de qualidade, de proporcionar à cidade de Portalegre e arredores, um clube de formação, uma escola de atletismo, na sua amplitude global, e não simplesmente de ocupação de jovens. Nesta primeira época tivemos 28 atletas filiados na Academia José Jacob, e cerca de 32 que participaram regularmente em treinos e competições. A grande maioria deles tem-me acompanhado desde a Escola Básica José Régio, e depois também na Casa do Benfica em Portalegre. Consequência deste trabalho é o desejo de podermos vir no futuro a contar nos nossos quadros com atletas com boa formação, capazes, evoluídos, técnica e psicologicamente, e que possam vir a competir a níveis elevados, na alta competição. Nesta primeira época já tivemos atletas nos campeonatos nacionais de sub18, e sub20, quer na pista coberta, quer ao livre, a Margarida Lameira, a Catarina Ribeiro e o José Bancaleiro, três atletas, que já me acompanham desde o inicio na Escola Básica José Régio. Sempre tive excelentes atletas, que comigo se iniciaram, com muito talento, e um promissor futuro, foi pena terem abandonado a modalidade, aproveito para lembrar nomes como Tiago Fernandes, Diogo Praxedes, Samuel Tarouco, Guilherme Feiteira, Nuno Gandum, Lucas Silva, Inês Lameira, Tatiana Chambel, Bárbara Tavares, Érica Rufo, entre muitos outros, nomes que se têm dado continuidade às suas carreiras hoje poderiam ser excelentes atletas.
A primeira época da Academia José Jacob, foi longa e muito abrangente, com competições realizadas um pouco por todo o país. É importante a competição extra distrito de Portalegre?
Muitíssimo importante competir extra distrito, só é possível conhecer o verdadeiro Atletismo, se conhecermos outras realidades, competições com muitas equipas, muitos atletas, de bom nível competitivo. Quem leva o Atletismo a sério necessita de competir regularmente, e só com os melhores se aprende, e se evolui. Sendo nós de um distrito com um atletismo tão pobre torna-se fundamental competir a um outro nível, e realmente tem sido muito positiva esta nossa filosofia, competimos esta época em 10 distritos diferentes, com realidades tão distintas do nosso, e estivemos sempre com grande nível com os nossos atletas a conseguirem excelentes vitórias, e marcas, muito bons resultados em todo o país. É dispendioso, ocupa muito tempo, cansativo, mas sentimos que estamos a fazer o correto, e não podemos descurar esta participação fora do distrito de Portalegre.
Em quantas provas a Academia José Jacob, esteve presente esta época?
Nesta época competimos em 74 provas, mas serão 75 com a última prova prevista para 24 de agosto em Castelo de Vide, provas maioritariamente de pista, e fora do distrito de Portalegre. No nosso distrito estivemos em todas as provas de pista realizadas e mesmo fora da pista participamos também nalgumas, dando o nosso contributo para o desenvolvimento da modalidade.
Para esta primeira época 2018/2019 quais foram os apoios recebidos pela Academia José Jacob? Foram suficientes?
Os apoios recebidos foram muito reduzidos, e limitaram-se quase a casos pontuais, de prestação de serviços e ou descontos na aquisição de equipamentos, ou utilização de instalações, o que é manifestamente insuficiente, tivemos algumas promessas de apoio mas infelizmente nunca se concretizaram. Partimos logo em desvantagem com clubes locais, e distritais, que contam regularmente com apoios de empresas locais, ou que geram receitas com organizações de competições, também estamos em desvantagem com clubes de outros distritos e cidades, que têm como base do seu orçamento para a formação dos jovens, o subsídio anual, e cedência de transportes, da sua autarquia, que lhes proporciona, a aquisição de material desportivo, de treino e competição, pagamento do enquadramento técnico, deslocações, pagamentos de inscrições em provas, atividades promocionais etc. Aproveito para agradecer à Camâra Municipal de Portalegre pelo uso das instalações da pista do Estádio Eduardo de Sousa Lima, para os nossos treinos, à Câmara Municipal de Castelo de Vide pelos estágios realizados, IPDJ e Federação Portuguesa de Atletismo, que nos possibilitou a realização de vários estágios de aperfeiçoamento no Centro de Alto Rendimento no Jamor, ao IPDJ Alentejo pelo apoio ao prémio Atleta do Mês AJJ, e às empresas FelizMente Natural – Centro Dietético – Portalegre, Multiribeiro, DotIT, GR Gilberto Ribeirinho, MAN, Estúdio de Arquitetura, Asics, e Lacatoni, por terem acreditado no projeto e terem dado o seu apoio.
Não tendo apoio da Câmara Municipal a nível financeiro, e transportes, e os apoios recebidos terem sido residuais, como foi possível fazer uma época com 74 competições, estágios, com tantas estadias, viagens, alimentação, e aquisição de equipamentos?
A Câmara disponibilizou-nos duas saídas em termos de transportes, para o ano civil de 2019 e que apenas utilizámos uma até ao momento. Tendo em conta que apenas tivemos um pequeno apoio monetário de uma pequena empresa, familiar, a FelizMente Natural – Centro Dietético – Portalegre, não foi nada fácil conseguirmos desenvolver a nossa atividade. Desde o início e sem fundos para dar início à implantação e apetrechamento do clube, todo o investimento feito quer na criação do clube, quer na aquisição de material de treino e competição, bem como o vestuário foi meu, já que e apesar dos vários contatos para solicitar apoios financeiros, estes não surgiram, à exceção como disse da FelizMente Natural – Centro Dietético – Portalegre, e da Lacatoni que e embora não se refletisse em dinheiro, mas foi importante na oferta e aquisição de material desportivo, para a equipa e para mim, o que me obrigou a mim a investir no clube, para este poder iniciar as suas atividades. Depois tudo o resto foi possível apenas pela boa vontade e generosidade dos pais dos atletas que têm suportado todas as despesas com a formação dos seus filhos, e inclui-se tudo o resto. Obrigado aos pais fantásticos dos meus atletas.
Falando agora um pouco da realidade da modalidade a nível distrital, na sua opinião a cidade de Portalegre, o distrito de Portalegre reúne as condições necessárias para a prática da modalidade?
A cidade de Portalegre dispõe de algumas condições, como a pista do Estádio Eduardo de Sousa Lima, que já apresenta contudo alguma necessidade de reparações, principalmente do corredor da pista 1, na reta da meta, que tem muitos buracos no Tartan devido à colocação sem qualquer proteção, dos bancos de suplentes dos jogos e treinos de futebol, que ficam com os pés traseiros assentes neste corredor da pista, e estragam completamente a pista. Em termos de apetrechamento a pista necessita urgentemente de ser equipada. As barreiras existentes, muitas não se podem utilizar já que por ficarem ao ar livre têm adquirido ferrugem, e não se conseguem afinar as alturas, e algumas estão danificadas, a necessitarem de urgente reparação. Também o colchão e cobertura do salto em altura está muito degradado, dado não ter uma cobertura de proteção que o proteja das intempéries e assim o treino desta especialidade fica comprometido. As caixas de saltos necessitam urgentemente de serem reparadas, por não terem uma cobertura em lona que proteja a areia, estão sempre contaminadas com pequenos objetos trazidos pelo vento, bem como estão cheias de pedras, e com muita falta de areia, e areia fina adequada para os saltos, o que torna perigosa a sua utilização. A estrutura do salto com vara não está montada na pista, logo não se pode trabalhar com eficiência esta especialidade. Igualmente os blocos de partida são poucos e bastante envelhecidos e faltam muitos bicos para a sua fixação no Tartan. E a maior limitação da cidade de Portalegre é a ausência de um setor de lançamentos, que impede um treino muito importante como é o dos lançadores, facto que me tem obrigado a improvisar, com treinos em descampados, e fazer diversos estágios em Lisboa no Centro de Alto Rendimento, e em Castelo de Vide. O distrito tem outras 4 pistas, com apetrechamento, Castelo de Vide, Elvas, Ponte de Sor e Fronteira, que tanto quanto sei têm as condições necessárias para realizar treinos e competições. É um distrito que se pode dizer que para a sua dimensão tem equipamentos em quantidade para a modalidade, e que apenas necessitam de serem equipados , com algum material, e mantidos com regularidade.
Apesar destas insuficiências os resultados têm sido fantásticos, com vários atletas a chegarem aos primeiros lugares no ranking nacional, a vencerem todas as competições nos distrito e fora do distrito, a baterem muitos recordes distritais, mostrando uma diferença para todos os demais. Qual o segredo?
É bom saber que fazemos a diferença. Não existe segredo, apenas trabalho, muito trabalho! Tenho um grupo muito sério, dedicado, de atletas, que trabalham muitíssimo, não descurando a parte académica, esta é uma área que procuro que todos tenham sucesso, e uma atenção que coloco sempre em cada um, seguindo o seu percurso académico. Na sua maioria são bons alunos, que com método e muita organização pessoal, e familiar, conseguem, conciliar os treinos, e as competições com os afazeres escolares. Um atleta com sucesso escolar, é um atleta feliz, com uma família atrás de si feliz, e assim também é muito mais fácil surgir o sucesso desportivo. Os resultados têm aparecido com naturalidade, pese embora as insuficiências da pista de Portalegre, e a inexistência do setor de lançamentos a que já aludi. Temos neste momento a infantil Diana Camejo em 1º lugar no ranking nacional da Federação Portuguesa de Atletismo, no Lançamento do Dardo 400g, com 29,55 metros, em 2º lugar no Lançamento do Peso 2kg com 10,98 metros, e 5º lugar no Lançamento do Disco, com 23,86m, apesar de ter estado muito limitada grande parte da época, e é já a detentora dos 4 recordes distritais, das 3 especialidades já referidas, mais o martelo 2kg. Mas outros atletas como o Guilherme Velez, também com excelente evolução nos lançamentos no escalão de infantis, no top do ranking nacional nas 4 especialidades dos lançamentos, sendo 4º classificado no lançamento do dardo 500g com 32,09 metros, 5º lugar no lançamento do disco e do martelo com 27,39 metros e 22,70 metros respetivamente e ainda 6º classificado no lançamento do peso 3kg com 10,48 metros, também com vários recordes distritais, além de outros excelentes atletas como o iniciado José Silva, com excelentes resultados no Lançamento do Disco e do Peso, o José Bancaleiro, a Margarida Lameira a Catarina Ribeiro, o Guilherme Fernandes, Carlos Fernandes, Andreia Martins, Matilde Feiteirona, João Miranda, todos com excelentes resultados, recordes distritais, e posições de destaque no ranking naciona
Como foi a integração do novo projeto Academia José Jacob, na estrutura distrital que gere a modalidade no distrito, a Associação de Atletismo de Portalegre?
Foi tudo menos rápida e positiva. Iniciámos os treinos a meio de Setembro, e tivemos um primeiro estágio no início de Novembro em Castelo de Vide, fizemos a nossa apresentação à comunicação social no dia 10 de Novembro de 2018, e no 11 de Novembro já estávamos a competir em Óbidos no Torneio de Abertura de Pista da Associação de Atletismo de Leiria. Contudo e só em fevereiro de 2019 a Associação de Atletismo fez a Assembleia Geral que nos permitiu ser aceite como clube de plenos direitos.
Disse que não foi positiva?
Sim, na verdade não achei positiva, a receção não foi a que esperava, e a que julgava que deveria ter sido. A direção da Associação de Atletismo de Portalegre, não esteve presente na nossa apresentação, apesar de ter dado uma justificação, e nem se fez representar. Também depois não deu sequer uma noticia, nos seus canais de informação, sobre o novo clube de Atletismo recém criado, ou sequer nos deu as boas vindas, e isso já me pareceu deselegante.
Sente-se alguma mágoa ao abordar este tema.
Na verdade certas coisas não fazem sentido para mim, a menos que outros interesses se sobreponham. Uma associação de atletismo não estar, ou no mínimo fazer-se representar na apresentação de um novo clube de atletismo; dar as boas vindas a um novo membro associativo, a um novo clube recém formado para a modalidade, ou pelo menos noticiar o nascimento do novo clube, é algo bastante difícil de compreender e aceitar, já que a associação vive de clubes, Pela positiva fiquei bastante feliz, com a presença da comunicação social, Jornal Alto Alentejo, Jornal aponte de Ponte de Sor, e Rádio Portalegre, e da Exmªa Senhora Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, que nós distinguiu com a sua presença e com um discurso bastante otimista e positivo, bem como o Ex.mo Senhor gerente da Multiribeiro, com um discurso muito incentivador, e a quem também estou agradecido pela disponibilização das suas instalações na zona Industrial de Portalegre (stand Mitsubishi), para a nossa apresentação, entre outros.
Um arranque agridoce então?
Não foi por isso que deixamos de seguir o nosso caminho, e mexemos com o atletismo de pista no distrito de Portalegre, e em Portugal. Também incompreensível para mim foi o facto de estarmos toda a época a competir em todas as provas de pista realizadas no distrito de Portalegre, e várias de corta-mato, estrada e até Trail, sob a égide da Associação de Atletismo de Portalegre, e cada vez que nos inscrevíamos para participar numa prova, no formulário disponibilizado para o efeito, tínhamos de passar sempre pela desconsideração de ver que no quadro dos clubes, com o respetivo emblema, onde deveriam estar todos os clubes, estavam todos os clubes, menos a Academia José Jacob. Questionada a Associação de Atletismo de Portalegre, sobre como deveríamos nos inscrever, a resposta foi que nos inscrevêssemos atleta a atleta, no espaço de “Outros”, isto é outros clubes, um espaço que é destinado a clubes filiados noutras Associações, ou atletas individuais, sem dúvida algo de lamentar. Pensámos contudo que seria questão de pouco tempo até que a Associação de Portalegre atualizasse, e o nosso emblema e designação aparecer, mas passou a época toda e nunca apareceu! E tivemos de nos inscrever sempre nos “Outros”.
Como analisa o Atletismo no distrito de Portalegre?
Na minha opinião o Atletismo no distrito de Portalegre, é o reflexo de um conjunto de decisões, e ou falta delas, e uma visão errada, do que deve ser o Atletismo, pelo menos pelo que conheço nos últimos 6 anos, altura em que tenho estado mais envolvido na modalidade, mas sei que o problema já vem de mais atrás. Pior ficou ainda com a entrada da atividade do Trail, que não sendo Atletismo ocupa muito da atividade competitiva da Associação de Portalegre. Se juntarmos a isto uma quantidade fora do comum, se compararmos ao que se passa nas outras Associações de Atletismo do país, de provas de Trail, de corta-mato, e de estrada, resta pouco espaço para o verdadeiro atletismo, aquele que se pratica na pista. Se analisarmos o calendário competitivo da Associação de Atletismo de Portalegre desta última época, observamos que no seu calendário constam 44 provas, mas destas apenas 14, (15 se contarmos com uma prova de dupla jornada), são de atletismo na pista, portanto cerca de 1/3. Significa que a grande fatia de provas são provas feitas fora da pista, 13 provas de estrada, 9 provas de Trail, e 7 provas de corta-mato. Obviamente que tudo isto traz consequências para a modalidade no distrito, sabendo que na pista no distrito de Portalegre, competem essencialmente os jovens em formação, aqueles que são efetivamente o futuro da modalidade, e com tão pouco espaço não é difícil perceber depois os fracos resultados dos nossos jovens, quer nas competições entre seleções seleções distritais em provas nacionais, com a Associação de Portalegre a ocupar sistematicamente os últimos lugares, quer ainda na dificuldade em aparecer em lugares de destaque, ou sequer entrar nos rankings nacionais, facto que deveria dar que pensar aos responsáveis, mas que ano após ano, pouco ou nada tem disso feito para alterar as coisas. É necessário um trabalho, um investimento muito grande e sério no Atletismo de pista, o verdadeiro atletismo, na formação, porque é aí que a aposta tem de ser feita no sentido de fazer evoluir a modalidade. Só semeando se pode depois vir a colher!
Além dos calendário com excesso de provas que não de atletismo de pista que, outros condicionantes aponta que impedem um maior desenvolvimento da modalidade?
São vários os condicionantes, e de vária ordem. Os mais importantes, têm a ver desde logo com a reduzida população do distrito, e reduzida população jovem, a fraca visibilidade da modalidade, o número reduzido de clubes praticantes de atletismo, que apostam na modalidade, e ou vocacionados apenas para a prática do atletismo, a Academia José Jacob é talvez o único, ou um dos poucos clubes do distrito criado, pensado, vocacionado e com prática exclusiva de Atletismo. O reduzido número de treinadores, com formação especifica na modalidade, dirigentes dedicados, poucas provas de pista e pouco aliciantes, a falta de reconhecimento e cobertura dada pela comunicação social da cidade…
No que diz respeito à competição propriamente dita no distrito, considera-a interessante e atrativa?
Como já referi com poucos clubes, e poucos jovens em competição, a modalidade não é interessante nem muito atrativa, porque sem clubes, sem atletas em quantidade, sem competições aliciantes, organizações competentes, programas diversificados, reconhecimento social, as competições, tornam-se muito vazias, além de que existem também outros fatores que não ajudam. Mesmo assim tem havido mais jovens a aderir à modalidade, e orgulhamo-nos de ter contribuído para isso, na Academia José Jacob, a aposta é a formação, logo todos os jovens que desejam ter formação a sério, e desejem aprender e evoluir, são bem vindos.
Que outros fatores também não ajudam?
Desde logo, os juízes, não é possível realizar provas de qualidade, cumprir horários, regulamentos, sem um número de juízes minimamente adequado, para as ajuizar. Igualmente se os horários das provas, a ordem da realização das provas, são constantemente alterados durante o decurso da competição, não à programação nem preparação dos atletas que resista. A ausência de um sistema de cronometragem eletrónica é também uma grande lacuna da Associação de Atletismo de Portalegre, já que hoje em dia, não são aceites para efeitos de rankings, recordes, marcas de qualificação, os registos que não sejam automáticos, o tempo do cronómetro sempre tão subjectivo já passou, e aqui mais uma vez todos os atletas do distrito são bastante prejudicados já que todos os registos feitos no distrito, de provas de velocidade e barreiras, é como se não existissem, o que leva a que os clubes e atletas que levem o seu trabalho a sério, como é o caso da Academia José Jacob, tenham de viajar para outros distritos para assim conseguirem ter marcas com registos eletrónicos, e competição de alto nível. Em sentido contrário raramente algum clube, ou atleta de outro distrito vêm competir no nossos distrito, dadas as lacunas já referidas, o que também não ajuda nada os atletas e clubes do distrito. Também as competições propostas pela Associação de Atletismo de Portalegre, no que concerne à pista, não vão totalmente de encontro às necessidades dos atletas e dos clubes. O distrito de Portalegre, não tem um verdadeiro campeonato distrital para qualquer escalão etário, onde todas as especialidades possam ter competição e sagrados campeões distritais, quer atletas, quer os clubes. A Associação de Atletismo de Portalegre propõe e à muitos anos a esta parte, apenas um campeonato distrital de velocidade e barreiras, outro de saltos e lançamentos, e outro de km jovem, algo que é bastante limitado e manifestamente insuficiente para cobrir as diversas especialidades competitivas, de cada escalão, bem como os interesses dos atletas e dos clubes. Digamos que é um retalho do conjunto de provas que a Federação Portuguesa de Atletismo regulamentou para cada escalão. No caso dos saltos e lançamentos, outro dos entraves sentidos, é a questão do número de ensaios apenas 3, para cada atleta. Só e apenas muito recentemente foi dado um pequeno passo ao permitir que nos concursos de lançamentos os atletas façam 4 ensaios, enquanto e no caso dos saltos manteve-se a regra de apenas 3 ensaios. Igualmente a fórmula escolhida para classificar as equipas, isto é a classificação coletiva, nas provas em que isso acontece, não é de todo a mais correta, ou desejável, já que privilegia a quantidade e não a qualidade. As equipas que apresentam menos atletas, ficam sempre prejudicadas, por aquelas que apresentam mais atletas, dado que todos os atletas presentes somam pontos para a classificação da sua equipa, o que na prática quase sempre desvirtua a classificação das equipas, que e apesar de poderem ter bons resultados, com os seus atletas, são ultrapassadas por equipas com atletas que não ficam tão bem classificados, mas que como são muitos acabam por vencer coletivamente, situação que era facilmente corrigida se em cada competição realizada apenas contassem os dois melhores atletas por escalão/sexo em cada uma das disciplinas, como aliás se verifica na generalidade das Associações distritais de Atletismo. Poderia referir outros mas estes parecem-me os principais fatores que não ajudam o crescimento e evolução da modalidade no distrito.
A aposta nos atletas mais novos como fator de desenvolvimento está a acontecer no distrito de Portalegre?
Não está não, muito longe disso. Começando desde logo pelos mais jovens, muitas associações distritais de atletismo organizam convívios específicos para os mais novos, os Benjamins, além de os integrar, em variadas competições ao longo da época, e terminam normalmente com o campeonato distrital deste escalão. É geralmente e em muitos distritos, o primeiro escalão em que existe um campeonato distrital, com pódios e prémios tal qual outro escalão. No distrito de Portalegre passa-se exatamente o oposto, os Benjamins não têm convívios para si, não têm atividade competitiva sequer na pista, mas sim participações nalgumas provas, onde não é feito o registo de tempos, ou marcas, classificações, ou sequer vão ao pódio, e deixaram de aparecer nos comunicados, de resultados das provas, na prática é como se não tivessem participado! Não é decerto a melhor forma de os cativar ou motivar para a modalidade, logo eles que são competitivos por natureza, e querem fazer tudo o que vêm os outros fazer. Ainda me lembro do tempo gasto, e das explicações que tive de dar à minha filha de 7 anos na altura, que não iria poder ir ao pódio, depois de ter vencido a S.Silvestre em Nisa em 2017, quando a organização informou que os Benjamins não teriam acesso ao pódio, se para os adultos não é fácil de compreender imagine-se para as crianças, não é assim que se conseguem novos atletas para a modalidade. Falando em pódios, também é um fator de motivação a ter em conta, e todas as competições os devem ter, com prémios nem que seja a simples medalha, independentemente se são para apurar atletas ou não para competições de seleção distrital. Para os restantes escalões e também como já referi não existe um plano de desenvolvimento devidamente estruturado, e um programa de provas mais abrangente, por exemplo existem provas dos respetivos calendários dos escalões de formação, que nunca foram realizadas ao longo da época, ou apenas uma vez e para apuramento para competições nacionais como o Olímpico Jovem, provas como os lançamentos do disco e martelo, salto com vara, provas de marcha, corridas com obstáculos, as estafetas, provas que deveriam ter o seu espaço, mas não têm, e o caso das estafetas, sempre uma competição muito interessante e aliciante para os mais novos, mas que a Associação de Atletismo de Portalegre nunca realiza, e já vão vários anos assim.
Tendo em conta os poucos clubes, e jovens a praticar a modalidade, a ausência em Portalegre do setor de lançamentos, do salto com vara, como já referiu, a inexistência dos campeonatos distritais por escalão, e outros e a pouca importância dada à pista no distrito como antevê o futuro da modalidade?
Mesmo com todos os limitações existentes, existem jovens de muita qualidade no distrito, com talento, são poucos mas existem, e quase todos os poucos clubes que competem os têm, e acredito que se lhes derem boas condições , decerto poderão chegar muito longe. É necessário pensar o Atletismo, apostar seriamente na modalidade, nos jovens, não só proporcionando-lhe boas condições de prática, de treino, de competição, como existirem meios humanos, técnicos e materiais que facilitem o desenvolvimento de todos os aspetos inerentes a um programa sustentado de desenvolvimento. O futuro será aquele que quem tem responsabilidades distritais na modalidade, quer que seja. Da nossa parte faremos o nosso trabalho, tentaremos dar as melhores condições aos nossos atletas, quer no treino, quer proporcionado-lhes bons estágios e participações em competições de bom nível por todo o país.
Sendo uma modalidade com pouca visibilidade, tem havido da parte da entidade que gere a modalidade a divulgação e projeção da mesma, quer dos seus clubes, atletas, treinadores, dirigentes?
Infelizmente não tem sido a necessária, diria que a Associação de Atletismo de Portalegre, necessita de ser mais interventiva, junto da população, e da comunicação social da cidade, existe um jornal e uma rádio, que não publicitam, não noticiam ou promovem o atletismo, os seus atletas, clubes, treinadores, os resultados. A modalidade é pouco conhecida, os atletas do distrito são quase desconhecidos para a maioria da população, mesmo das cidades onde vivem, e no distrito em geral já que a promoção que é necessária fazer para os dar a conhecer, é muito pouca. Existe no distrito de Portalegre um conjunto pequeno é certo, de jovens atletas que deveriam ter outro tipo de acompanhamento e apoio, quer com o seu reconhecimento público, quer com estágios de qualidade, para os ajudar a desenvolver as suas qualidades, quer com mediatismo nos canais que a Associação distrital gere, e na comunicação social, realçando os seus feitos e conquistas. A título de exemplo, todas as Federações, associações distritais, em que existam recordes, anunciam, destacam de imediato a obtenção de feitos, de resultados fantásticos, como são a obtenção de recordes, nacionais, distritais etc., infelizmente a nossa Associação não o faz, e para confirmar o que acabo de dizer a Academia José Jacob, conseguiu pelos seus atletas nesta época o assombroso número de 57 recordes distritais, e nunca a Associação de Atletismo de Portalegre, ou a própria comunicação social local noticiou a obtenção de qualquer recorde obtido. Não sei porquê, mas a verdade é que ignorando estes feitos, não os noticiando, estão a ignorar o trabalho realizado pelos clubes e atletas filiados, e a dar uma imagem de pouco interessada em reconhecer esta evolução, e o trabalho que tem conduzido a estes resultados. Isto já não é de agora, porque desde que comecei a trabalhar à cerca de 6 anos, primeiro na Escola José Régio e depois na Casa do Benfica em Portalegre, sempre consegui com os meus atletas bater muitos recordes distritais, e nunca foram noticiados ou um simples parabéns foi enviado para o clube, nem mesmo a comunicação social da cidade ou do distrito os deu a conhecer.
Falou em Jovens Talentosos, e da necessidade de serem reconhecidos e promovidos, existe contudo um prémio mensal que a Associação de Atletismo atribui aos jovens talentos do distrito.
É verdade, contudo o prémio mais que reconhecer o talento dos atletas mês a mês, funciona quase como que um jogo de interesses, em que e apesar de existir um regulamento para seriar e escolher os atletas, esse regulamento não é respeitado, exatamente por quem o fez! Não são os atletas na maioria das vezes com maior talento e ou resultados de destaque nesse mês que recebem essa distinção. Não quero por em causa o valor dos atletas a quem tem sido atribuído o prémio, certamente terão o seu valor, mas nem sempre tem sido justa a sua atribuição, passando esta distinção a maioria das vezes, por cima de resultados fantásticos, vitórias distritais, regionais, meetings nacionais, recordes distritais conseguidos, rankings nacionais atingidos, marcas de qualificação e participação em Campeonatos Nacionais. Posso referir e apenas como exemplo, já que tantos são os meus atletas que poderiam facilmente vencer o prémio mensalmente, caso o regulamento fosse cumprido, o caso da minha atleta infantil Diana Camejo. Nunca foi distinguida com o prémio de jovem talento, em nenhum mês. A atleta terminou o ano passado de 2018, em 2º lugar no Ranking Nacional de Infantis no Dardo 400g, além de outras posições de destaque, depois de ter vencido todas as provas em que participou quer no distrito, quer no país, na área dos lançamentos. No ano de 2019, já como infantil de 2º ano, venceu todo as provas no distrito e no pais em que participou de dardo e peso, disco e martelo, conseguindo nada mais que os 4 recordes distritais na área de lançamentos, peso, dardo, disco e martelo, tendo-os batido por diversas vezes. Chegou ao final da época e na última prova de pista em Ponte de Sor, despede-se com mais um recorde distrital no Dardo, e reforça o seu 1º lugar no ranking nacional da Federação portuguesa de Atletismo, e ainda termina em 2º lugar no Peso, e 5º lugar no Disco, no ranking nacional. Nunca Portalegre desde os tempos de outro meu atleta talentoso, Tiago Fernandes, teve alguém com estas características, classificações e lugares de top nacional, mas infelizmente nada disto tem chegado para ter o reconhecimento da sua associação, ou para vencer o prémio de jovem talento. Eu pergunto o que é que esta atleta tem de fazer mais para poder ser vista e reconhecida como merece? Bater um recorde nacional? mundial? fazer o pino sem mãos? Se esta atleta não é um talento, tendo já conseguido, o que conseguiu, então quem será ? Incompreensível !!!
Sente que existe um tratamento diferente por parte da Associação de Atletismo em relação à Academia José Jacob e aos seus atletas?
Não queria chegar a tanto, mas infelizmente foi o que me pareceu. Desde o inicio, da falta da Associação de Atletismo à nossa apresentação, o não noticiar o aparecimento da Academia José Jacob, a inexistência de informações sobre o nosso clube, ou não divulgando os excelentes resultados obtidos por esse país fora, os recordes distritais obtidos, as participações em campeonatos nacionais, pelo menos é fácil de perceber que não existe uma atenção, um reconhecimento um olhar para a Academia José Jacob, como deveria ser, não esquecer que a Academia José Jacob, tem levado o nome, quer da cidade de Portalegre, quer da Associação de Atletismo de Portalegre, um pouco por todo o país. não existe nenhum outro clube que tenho feito este trabalho, esta promoção do atletismo em pista do distrito de Portalegre, como a Academia José Jacob. Uma Associação deve ser de todos os clubes, deve ser imparcial e tratar todos por igual, e nunca, mas nunca mostrar qualquer tipo de diferença em relação ao tratamento dados aos clubes, nem prejudicar uns, favorecendo outros, mesmo que elementos dos corpos sociais da Associação sejam atletas filiados, ou ocupem cargos de destaque num qualquer clube. Poderia referir aqui variadíssimos casos de tratamento diferenciado entre os nossos atletas e outros, sempre com prejuízo para os nossos atletas e clube. Deixo apenas um exemplo, que tem a ver com o facto de numa das disciplinas realizadas em provas do circuito de pista (Quadruplo salto), a mesma não ser pontuada por inexistência de tabela de pontuação para o efeito. Acontece que essa informação nunca foi prestada aos clubes, nem surgiu em nenhum regulamento. Numa das últimas provas realizadas, em Ponte de Sor no dia 7 de Julho, a prova foi programada ,e houve vários atletas de diferentes clubes, que se inscreveram. Já no local da prova, houve atletas de outros clubes que tiveram acesso à informação da mesma não ir ser pontuada. E foi-lhes permitido trocar, pela realização de outra prova, contudo aos atletas inscritos nessa prova pela Academia José Jacob, não lhes foi prestada a informação nem lhes foi permitida alterar para outra prova, saindo claramente prejudicados bem como ao clube que não somaram qualquer pontuação para o referido circuito de pista, quer de forma individual quer coletiva. Outros poderia referir mas fico por aqui.
Voltando de novo à Academia José Jacob e finalizada a época desportiva, a primeira qual o balanço que faz ?
Apesar das limitações e situações menos agradáveis a que já aludi, tenho de considerar esta primeira época como muito positiva. A Academia José Jacob passou a ser conhecida no distrito de Portalegre, venceu inúmeras provas quer individualmente, quer coletivamente, no distrito e a nível nacional, ganhou um reconhecimento a nível nacional extremamente significativo, sendo já hoje, e passado 1 ano da sua existência vista como um clube de formação muito importante, com resultados muito bons, levando o atletismo de Portalegre ao TOP nacional, com diversos atletas a vencerem ou terem excelentes prestações em meetings nacionais, campeonatos distritais e torneios noutros distritos, lugares cimeiros dos rankings nacionais, e tornando o atletismo portalegrense conhecido, acumulando um capital de opiniões, sentimentos e simpatias um pouco por todo o país. E essencialmente trouxemos para a modalidade muitos jovens que passaram a praticar desporto de forma organizada e regular, a adoptarem hábitos de vida saudáveis, a retirarem felicidade e gosto pela prática do que fazem, e a sentirem-se admirados pelos seus resultados.
Nesta primeira época gostaria de destacar algum dos seus atletas que o tenha surpreendido?
Não quero destacar nenhum atleta em especial, pelo contrário todos merecem ser destacados, todos foram muito dedicados e trabalhadores, e deixo apenas os seus resultados falarem por si. A maioria já os conhecia e não me surpreenderam os excelentes resultados obtidos ao longo da época, apenas confirmaram o seu valor, e os rankings nacionais são disso um exemplo, da sua evolução, e qualidade. No caso dos mais novos os Benjamins-A, e Benjamins-B, apenas direi que temos um bom grupo muito interessante de jovens a aprender, evoluir e gostarem muito de praticar atletismo.
Quais os objetivos para o futuro e próxima época?
Os objetivos passam por estruturar de forma mais profissional o funcionamento da Academia José Jacob, nas suas diversas vertentes e departamentos, como a formação e a competição, criando as bases para um futuro sustentado, e ambicioso. É necessário dotar o clube com os meios necessários, quer humanos, quer materiais, quer ainda regulamentares, para que possa desenvolver cada vez mais e melhor a sua atividade. Desportivamente é importante disponibilizar à população da nossa área abrangente, um clube que de formação sério, interessado, com objetivos no futuro para os seus atletas, continuar a formar atletas de forma equilibrada e correta, para que aprendam corretamente, criem bases, se desenvolvam enquanto atletas e pessoas, em competição possam atingir bons resultados que os motivem, incentivem e os façam felizes, privilegiando a qualidade em detrimento da quantidade. É meu desejo também também ter cada vez mais atletas com marcas de qualificação para os campeonatos nacionais, seja na pista coberta, seja ao livre, mais atletas em lugares de destaque nos rankings nacionais, e em convocatórias sejam distritais, sejam nacionais. Também continuar a trabalhar os nossos meios de divulgação, a nossa página na Internet www.academiajosejacob.pt, onde divulgamos e temos toda a informação atualizada de relevo para quem nos procura, desde provas onde iremos estar, resultados, estatística, atletas, treinadores, fotos; bem como as redes sociais, o youtube, na essência mostrar todo o trabalho que realizamos, e dar a conhecer os nossos excelentes atletas, e o trabalho que realizamos.
Terminou a época, a Academia José Jacob já trabalha na próxima época?
Sim, a próxima época já à muito que está a ser pensada e preparada, só assim conseguimos ter o clube preparado para os desafios futuros. No início de Setembro arrancam os treinos para o setor de formação, seguindo-se depois o da competição. Não sei se vai ser possível, mas gostaria de reunir as condições e as vontades para trazer à luz o à muito pensado Meeting Jovem AJJ, uma competição de pista que pudesse dar resposta ao crescente interesse por um evento de qualidade para os jovens do distrito, uma competição de grande nível.
Chegámos ao fim, alguma note final?
Aproveitava apenas para agradecer esta entrevista, e agradecer também à minha família que me tem apoiado, neste projeto, à minha filha que suportou muitas vezes a ausência do pai, quer em treinos, quer em competições, aos meus atletas que tanto trabalharam ao longo do ano, e excelentes resultados conseguiram, aos pais dos atletas, por todo o apoio prestado, e acompanhamento em treinos e competições, aos meus amigos e colegas pelo apoio transmitido, a todos os que nos apoiaram neste 1º ano, os nossos parceiros, espero que possamos construir um futuro melhor, com mais atletas, mais e melhor formação, mais apoios, bons resultados, melhor Academia José Jacob.
Agradecemos ao Professor José Jacob a sua disponibilidade para esta entrevista, dando a conhecer um pouco do que tem sido a Academia José Jacob, neste primeiro ano de existência, bem como a análise ao atletismo portalegrense, desejando os maiores sucessos para o futuro.