PORTALEGRE, E A AJJ NO OLIMPICO JOVEM NACIONAL (HISTÓRIA)

Introdução

1983-2022

(em 2020 não se realizou devido a pandemia)

O Olímpico Jovem fez 40 anos. Uma longa história para ser recordada, contada, registada e divulgada. Existem algumas ligações entre o lançamento da mais importante iniciativa desportiva para jovens em Portugal e os momentos ainda eufóricos que se viviam no período pós ditadura. As transformações profundas resultantes do 25 de Abril de 1974 também se fizeram sentir no desporto e particularmente no desporto jovem.

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O Movimento Desportivo Voluntário virado para ideais de democratização da prática desportiva, marcou os destinos do desporto popular trazendo nova dinâmica à participação desportiva em Portugal. A euforia vivida nos anos seguintes criou novas expectativas para o desporto no país, que obteve então as primeiras vitórias nos jogos Olímpicos, através do atletismo e ainda mais medalhas. Neste período em que se procurava um rumo, verifica-se que, em especial nos escalões mais jovens, as transformações expectáveis não aconteciam e demorava a fixar-se um modelo de desenvolvimento e de regulamentação adequada. O desporto federado, concretamente o atletismo, no início da década de 80 confrontava-se com uma indefinição de responsabilidades e, pese embora, a grande dinâmica verificada por todo o país impulsionada pelos Planos de Desenvolvimento da Direção Geral dos Desportos, a modalidade tardava a organizar-se em Associações de modalidade.

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Passados meia dúzia de anos sobre o 25 de Abril a oferta ponderada e planeada com rigor e direcionada para a atração de novos praticantes e sua fixação, continuava a não existir. Neste contexto, dos largos milhares de jovens que aderiam às corridas populares em estrada, pouco se transferia para uma prática do atletismo total. Conscientes desta situação e realidade, os técnicos da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Mota e Abreu Matos vinham-se debruçando e refletindo sobre ela, na expetativa de a poderem alterar.

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Das suas propostas surgiu um Plano que procurava a definição de linhas orientadoras e a adoção de iniciativas no sentido de inverter a situação. De entre elas sobressai a proposta de colaboração com um grande jornal de expansão nacional – o Diário de Noticias. Pretendia-se avançar com uma iniciativa denominada “Campanha Viva o Atletismo” dirigida aos jovens, convidando-os a praticar a modalidade e que tentava incluir um diversificado e importante grupo de competições e manifestações de promoção da modalidade.

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De entre as iniciativas propostas para esta Campanha existia uma chamada “DN Jovem”, mais tarde rebatizada de “Olímpico Jovem”. Pode dizer-se que este Torneio que começou em 1983, teve por padrinhos o Professor Fernando Mota que na altura era Diretor Técnico Nacional da FPA e o antigo atleta de Salto em Comprimento e Barreiras e técnico de atletismo Professor Abreu Matos, na altura professor no Colégio Militar e colaborador da Federação. Este, em contato com os pais de alguns alunos, conheceu o Comandante Colaço Cancela, que desempenhava um papel importante no Diário de Notícias, ao qual manifestou a ideia da criação de uma competição juvenil alargada a todo o país, através da qual se difundisse o conhecimento e o gosto pela prática do atletismo.

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Após a confirmação do interesse do “Diário de Noticias”, que instituiu uma publicação semanal, FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO Torneio de Atletismo “Olímpico Jovem” – 30 Anos 5 às terças-feiras, de um suplemento cultural intitulado “DN Jovem”, os professores Fernando Mota e Abreu Matos conceberam um programa de trabalho que teve a aprovação do então presidente da FPA, Eng.º Correia da Cunha e depois a adesão formal da Administração do “Diário de Noticias”. É de salientar que para além da forte influência havida da parte do Comandante Colaço Cancela, a iniciativa acolheu igualmente o interesse do então Editor chefe do “DN”, Fernando Pires, jornalista muito atento ao atletismo e bom conhecedor da modalidade. Surgiu assim o Grande Premio de Atletismo DN Jovem, que em 1983 viu disputada a sua primeira edição.

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Nesta edição inaugural  1983, envolveram-se apenas 4 associações distritais, o que era revelador do fraco estádio de desenvolvimento em que o atletismo jovem se encontrava. Nesta 1ª edição de 1983, o torneio reuniu as Associações Regionais de Setúbal (ainda em formação) e as de Lisboa, Santarém e Leiria. Além de uma competição em cada um dos distritos, disputou-se uma interessante “final” no Estádio Nacional”, nas imediações de Lisboa.  No ano seguinte,  1984, já foram oito as Associações distritais participantes. Além das 4 Associações iniciais juntaram-se mais quatro (Aveiro, Coimbra, Faro e Porto)

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 Em 1985 o Torneio alargou-se a 16 Associações, entraram Beja, Braga, Évora, Guarda, Portalegre, Viana Castelo, Vila Real e Viseu. e no ano de 1986 abrangeu todo o país com a entrada de Bragança, Castelo Branco, Açores e Madeira. Em 1989 aconteceu a adesão de Macau que, embora naturalmente limitada a escasso número de representantes, sempre apresentou jovens que além de muito motivados se distinguiram também pela sua qualidade.

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Saliente-se que a “Campanha Viva o Atletismo” integrou desde os primeiros anos, para além do Torneio “DN Jovem / Olímpico Jovem”, também o “Salto em Altura em Sala”, o “Quilometro Nacional Jovem”, o Campeonato Nacional de Juvenis de Provas Combinadas: “Hexatlo e Octatlo”, o “Inter-Associações de Juvenis”, o Torneio “Atleta Completo” e, ainda, o “Campeonato Nacional de Juvenis” em pista.

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Em 1994 o Diário de Notícias deixou de patrocinar a iniciativa e o Torneio adquiriu um novo nome passando a denominar-se Torneio Olímpico Jovem. Foi fundamentalmente através da implementação desta Campanha que o atletismo se foi implantando progressivamente por todo o território nacional. Esta grande oferta foi e continua a ser uma ótima oportunidade para todos os jovens, quer se trate de praticantes de clubes quer das escolas. Como registo estatístico refira-se que em 2008 as Associações de Atletismo e a FPA tinham uma oferta de 1.012 competições do mais diverso género. Para se verificar da envergadura desta campanha basta referir que em 2002 o “Olímpico Jovem” movimentou entre Clubes e Escolas 266 entidades e 3.302 atletas. Em 2005 no conjunto das iniciativas da Campanha “Viva o Atletismo” participaram 8.414 atletas. Tanto o Olímpico Jovem como as restantes competições do atletismo juvenil, continuam a ter condições de crescimento no interesse de todos os jovens, no interesse do Atletismo e no interesse do Desporto, em geral. Passemos, no entanto, a tentar lembrar o percurso!

PORTALEGRE

Em 1985  a Associação de  Portalegre, passou a integrar o grupo de associações que competiam no Torneio na altura denominado DN JOVEM:

ACADEMIA JOSÉ JACOB

• A Academia José Jacob foi fundada em 26-07-2018, e só a partir da edição de 2019 teve atletas a integrar a seleção portalegrense, o que aconteceu em 2019 (5 atletas), 2021 (5 atletas), 2022 (5 atletas).

2019

Na edição de 2019 pela primeira vez participaram atletas da Academia José Jacob. Foram cinco os atletas que estiveram presentes nesta edição que decorreu em Lagoa no Algarve, onde competiram durante 2 dias, 8,9 Junho  no maior evento desportivo nacional para jovens,  que juntou iniciados com o programa completo, e juvenis, para um lote de provas mais reduzido. Dos nossos atletas o destaque vai para o iniciado U-16, Guilherme Castelhano o único que conseguiu melhorar os seus recordes pessoais,  nas duas provas em que participou. Em termos classificativos nenhum atleta portalegrense chegou ao pódio,  sendo que José Silva obteve a melhor classificação de todos os atletas do distrito de Portalegre  ao conseguir o 7º lugar no Lançamento do disco.